sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sobre os cães "Vira-Latas"

O vira-lata (Brasil), ou rafeiro (Portugal) é a denominação dada aos cães ou gatos sem raça definida, SRD, como são geralmente referenciados em textos veterinários.
O termo vira-lata deriva do fato de muitos desses animais, quando abandonados, serem comumente vistos andando famintos pelas ruas revirando latas de lixo em procura de algum alimento.
Os SRD, por outro lado, são todos os cães e gatos que não têm origem definidas em um pedigree que é um certificado emitido por entidades oficiais atestando a ascendência do animal. Para obter um pedigree o animal tem que ter pais com o mesmo certificado. Entidades certificadoras exigem verificação de ninhada e mais recentemente a aplicação de microchips por veterinários. O animal pode ter a aparência de um cão de raça mas só o certificado atesta. Hoje, com o avanço dos exames de DNA, provavelmente há possibilidade de se definir se um cão é de uma determinada raça ou não, mas são exames ainda caros. Nem sempre um SRD é um vira-lata, ou seja um animal abandonado. Se houver qualquer mistura de raça (incluindo a cruza de dois animais de raça ou um de raça e um vira-lata) esse animal já será considerado um SRD.
Um dos aspectos mais interessantes do vira-lata é a sua variedade. Encontram-se SRD's de todas as cores e tipos, de todos os temperamentos. Ainda existem algumas características, como o fato de que costumam ser muito inteligentes e afetuosos, variando de acordo com as características herdadas. Normalmente o SRD resgatado das ruas tem um temperamento mais dócil e companheiro que os outros cães.
Os cães “vira-lata” constituem o grande número de cães da América Latina e provavelmente no mundo. No Brasil e, principalmente, nas cidades do Interior é um cão bem conhecido e adotado como cão de estimação.Embora a expressão “vira-lata” originalmente se refira a animais sem dono, que perambulam pelas ruas revirando latas de lixo, na realidade esse termo é devido à ausência de “pedigree” por parte de seus ascendentes ou fruto do cruzamento de cães de raça ora com cães de rua ou com outras raças não recomendadas para esse cruzamento. Como esses filhotes não provocam interesse comercial são dados de presente para parentes ou vizinhos próximos ou simplesmente abandonados na rua. Infelizmente, hoje em dia, não somente são os “vira-latas” (cães sem pedigree) que são abandonados na rua. Pessoas movidas pela emoção adquirem seus filhotes e diante das dificuldades de criação: vacinas, atenção, comida, passeios e outros simplesmente se livram dos seus melhores amigos, os jogando na rua. A partir desses abandonos a miscigenação cresce e é muito comum encontrar-se um vira-lata com grandes características de um animal de raça. Como o “vira lata” é um cão muito independente o treinamento requer um pouco mais de paciência por parte do adestrador. Entretanto esta “raça” pode ser treinada da mesma forma que outras raças, pois possui bagagem suficiente para assimilar os ensinamentos. Muitos vira-latas são excelentes cães de guarda, freqüentando as páginas dos jornais pela bravura ao defender seus donos de ladrões e ataques de animais ferozes. A defesa à residência é feita com garra e disposição. Existem também animais que são excelentes pastores em fazendas e bons acompanhantes para deficientes. O “vira-lata” é um cão fiel e elege o seu dono. Geralmente é a pessoa que lhe dá mais carinho e assistência. É um cão que suporta bem a solidão. A simpatia e a meiguice do “vira lata” foram eternizadas no desenho do Walt Disney “A Dama e o Vagabundo”.
Fontes: www.seucachorro.com

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